"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo." Caio Fernando Abreu
sábado, setembro 25, 2010
....
Os dois se entreolhavam, já estavam naquilo há algum tempo, até que ela disse:
- Deveria tomar mais cuidado, sabia?
- Pode deixar que da próxima vez, se houver , irei lembrar-me disso.
- Não brinque comigo garoto, estou armada.
Poom Poom.
Ela sorriu e ele caiu.
- Deveria tomar mais cuidado, sabia?
- Pode deixar que da próxima vez, se houver , irei lembrar-me disso.
- Não brinque comigo garoto, estou armada.
Poom Poom.
Ela sorriu e ele caiu.
Projeto História & Cinema - Filme " A onda"
Venho aqui fazer o convite para vocês irem a câmara assistirem o filme " A Onda" que vai ser seguido por um debate, um filme ótimo, que com certeza vai colocar várias minhocas na sua cabeça.
Local: Câmara Municipal de Curvelo
Horário : 19h
Data: 28/09/10
Data: 28/09/10
segunda-feira, setembro 20, 2010
Choras por tão pouco
Quando escrevi essa poesia realmente concordava com o eu-lírico, porem hoje já compartilho com a ideia que eu antigamente quis passar com ela. Entretanto mesmo não concordando com a ideia quero postá-la aqui.
Choras por tão pouco garota
Choras por tão pouco garota
Sua vida mal começou e ainda corre como um flash
Eu sim devia reclamar
Pois nada mais me resta
Nem sequer tenho uma vida para recomeçar
Já que a morte sou eu
E esta eu não desejo a ninguém.
Eu tenho como amigo o caos
Então tu reclamaste do que?
Então tu reclamaste do que?
Por tão pouco choras garota
Tu não és uma mãe que perderas teu filho para as drogas
Não és a mulher que perderas filho e marido
Nem sequer viras a guerra
Eu sim vira a guerra
Vi homens fazendo tudo que sempre lhe falaram para não fazerem
Vi estupro, roubo, choro, destruição, sangue de gritos pelo ar.
Tu não és uma mãe que perderas teu filho para as drogas
Não és a mulher que perderas filho e marido
Nem sequer viras a guerra
Eu sim vira a guerra
Vi homens fazendo tudo que sempre lhe falaram para não fazerem
Vi estupro, roubo, choro, destruição, sangue de gritos pelo ar.
Choras por tão pouco garota
Aliás, essas lágrimas que escorrem no seu rosto não vão ser nem as primeiras nem as ultimas por amor
Este por quem chora não vai ser nem o primeiro nem o último a te deixar
Tens tanto que aprender garota, és ainda um bebê sabia?!
Por tão pouco choras garotaAliás, essas lágrimas que escorrem no seu rosto não vão ser nem as primeiras nem as ultimas por amor
Este por quem chora não vai ser nem o primeiro nem o último a te deixar
Tens tanto que aprender garota, és ainda um bebê sabia?!
Sua vida mal começou e ainda corre como um flash
Eu sim devia reclamar
Pois nada mais me resta
Nem sequer tenho uma vida para recomeçar
Já que a morte sou eu
E esta eu não desejo a ninguém.
Radiohead
Eu juro que tentei não postar nada sobre essa banda ou sobre as músicas deles, mas não deu, fracassei ao tentar ficar calada sobre meu pequeno fanatismo sobre o Radiohead. Então vim aqui mostrar a vocês uma músicas deles que para mim é muito linda e acho que é impossível alguém não sentir-lá entrando no que chamamos de alma (
True Love Waits
I'll drown my beliefs
To have your babies
To wash your swollen feet
Just don't leave
Don't leave
I'm not living
I'm just killing time
Your tiny hands
Your crazy kitten smile
Just don't leave
Don't leave
And true love waits
In haunted attics
And true love lives
On lollipops and crisps
Just don't leave
Don't leave
Just don't leave
sexta-feira, setembro 17, 2010
Inicialmente ...
Inicialmente era só uma coceirinha na perna, leve, quase não incomodava. Com o tempo ela não coçava somente a perna, mas os braços, a testa, o couro cabeludo, pés, orelha, e quando percebeu, já era todo o corpo. Com isso ficou desesperada, não sabia onde mais coçava, onde alimentava toda aquela vontade imensa de coçar e coçar. Ela não conseguia mais parar, sabia que quanto mais coçava mais vontade teria, porém coçava cada vez com mais força. Logo o seu corpo foi ficando avermelhado, feridas começaram a surgir, e o sangue ia emergindo delas. Saía sangue, sentia dor, lágrimas também caiam de seus olhos, não sabia por que continuava, sua mente queria parar, mas suas mãos continuavam a querer coçar, coçar todo o corpo avermelhado e machucado.
Que a coceira já tinha a invadido isso era comprovado, fazia parte do seu corpo, do seu psicológico. E ninguém sequer ia acreditar que aquilo tinha começado numa tarde com uma leve coceirinha na perna. Até que de repente durante toda aquela crise a porta da casa foi aberta. Era um rapaz, já seu conhecido, que assustado com todo aquele sangue e feridas espalhadas pelo corpo dela, correu para tentar ajuda – lá. Assim juntou as mãos daquela garota e colocou-as para trás de modo em que ela não conseguiria coçar mais parte alguma do seu corpo. Então ele começou a limpar primeiro os ferimentos, depois fez os curativos e quando viu já tinha enfaixado todo o corpo dela.
Passou- se o tempo, às vezes aquela garota continuava a sentir uma coceirinha na perna, nunca conseguiu realmente esquecê-la, porém também se lembrava da dor que sentiu. Além disso, sentia que se começasse a se coçar de novo provavelmente não ia aparecer mais ninguém que pudesse salva-lá e assim ficaria coçando, coçando, sem conseguir mais parar.
Escritor- Fernando Sabino
Se me perguntarem: Sophia qual o escritor favorito? Logo, logo respondo: Fernando Sabino. E por digo isso? Por que foi por causa desse escritor mineiro que comecei a escrever e a ler sem parar, acho ele simplesmente fantástico, seus livros conseguem fascinar qualquer idade, não importa se você é ainda uma criança, jovem ou adulto, com certeza vai gostar dos livros dele. Então venho aqui indicar um livro dele, muito bom, com uma linguagem muito fácil (para quem não gosta de linguagem rebuscada), original, e que vai fazer você pirar, gritar e se emocionar ( e com certeza se identificar com os personagens), o livro é Encontro Marcado (para mim o melhor dele, já que li quase todos os seus romances).
quarta-feira, setembro 15, 2010
terça-feira, setembro 14, 2010
Um sangue viscoso e laranja
Então, este é o texto que foi indicado para o Festival de Arte e Cultura (boa sorte para mim e tomara que em Brasília eu já esteja).
Um sangue viscoso e Laranja
Um sangue viscoso e Laranja
Soa a sirene... O turno acabou.
Ando desesperado, tremendamente apressado para chegar em casa.
Como dói a labuta do pão-nosso de cada dia.
E por falar em pão, tudo que agora quero é um pão.
Pão-cheiroso, pão-gostoso, pão-mineiro, pão-de-queijo!
A boca saliva na espera desse doce aquecimento.
Tudo em vão.
Abro a porta.
Meus olhos não querem crê no que vê.
Meu Deus! Lá está ela chorando lágrimas de sangue.
Como? Por quê? Queria eu saber.
É tudo muito estranho ...
Um sangue viscoso e laranja desce como cachoeira viva.
Quanta angústia.
Quero logo saber o que se passa, e de maneira sem graça pergunto:
- Que aconteceu minha querida?
Nem o silêncio responde.
Posso ouvir até o barulho das lágrimas, mas tudo permanece em completo silêncio.
Entro então em completo desespero.
Onde estou afinal? Em casa? Em um bosque?
Trepida loucura!
Onde está você agora minha querida... Não a vejo mais....
Sinto, porém suas lágrimas de sangue sobre o meu corpo.
Vejo tudo imantando em mim. O sangue que corre na pele escoa veias adentro.
Mágica simbiose.
E pela primeira vez me sinto inteiro: corpo e alma.
Vou me desfazendo, espalhando pelo chão esse novo ser, vitalizado.
Despedaçando, instilando desejos e sonhos para que nasça novamente, entre um turno e outro, um novo sangue viscoso e laranja.
Ah! A cor púrpura é meu bem querer.
Até amanhã.
terça-feira, setembro 07, 2010
Dia ou noite?
Já olhou para o céu hoje querida?
Não, eu não consigo identificar
Noite ou dia?
Ô, meu deus, o que me aconteceu?
Não, não estou brincando meu amor
Meus olhos não conseguem captar
É noite, é dia
Não sei, não sei
MENTIRA. Nem sequer agora estou vendo
Invadiu-me agora por dentro
Por dentro, acreditas?
É noite, é dia
Olhe você também
Sentiu? Não
Que pena
Só sei minha querida
Que para o céu vou continuar a olhar
Não, eu não consigo identificar
Noite ou dia?
Ô, meu deus, o que me aconteceu?
Não, não estou brincando meu amor
Meus olhos não conseguem captar
É noite, é dia
Não sei, não sei
MENTIRA. Nem sequer agora estou vendo
Invadiu-me agora por dentro
Por dentro, acreditas?
É noite, é dia
Olhe você também
Sentiu? Não
Que pena
Só sei minha querida
Que para o céu vou continuar a olhar
Apanhador só
Estava vendo MTV até que a propaganda de uma banda indicada com revelação no VMB e então como sou muito curiosa, foi logo pesquisar sobre e caramba é banda é demais (não brinco), cada música, com umas letras que tocam lá no fundo do coração, que você sente mesmo. A banda chama ''Apanhador Só'', ae vou deixar o link de um video deles no youtube "Pouco Importa" *-*
http://www.youtube.com/watch?v=5oKvpmugaWk
http://www.youtube.com/watch?v=5oKvpmugaWk
quarta-feira, setembro 01, 2010
F
Ela corria, corria, corria o mais que rápido que podia, olhava para trás, para os lados e não via ninguém, mas sentia a necessidade de correr, ela precisava sair daquele lugar, mesmo não sabendo nem por que, nem para onde. Seus olhos escoriam lágrimas continuamente, sua respiração era ofegante, sentia dor em todo sem corpo, seu consciente gritava , pedia socorro diante daquilo, sua cabeça estava latejando, mas mesmo assim seus pés tinham vontade própria, contudo ela não. Sua vontade ficava sempre escondida para si, um não, uma palavra sequer de reprovação fazia a desistir de qualquer ideia fixa na sua cabeça, era tímida e dentro do seu peito só havia medo e pessimismo.
Finalmente seus olhos avistaram alguma coisa agradável, era uma rua deserta, reta, sem nenhuma vegetação sequer, uma rua sem fim no qual ela o procurava com todo afinco, queria saber o que podia encontrar no final dela.
Ia acelerada, sua curiosidade só aumentava e a fazia esquecer toda a dor no corpo, até que seu sorriso se estendeu (qualquer um era capaz de ver aquele sorriso largo), as lágrimas cederam, os pensamentos pulavam da sua mente, e seu coração ia desacelerando, desacelerando, desacelerando. Parou!
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