sábado, outubro 30, 2010

É que no fundo dói.



(Para Diego Terra)

Acontece que lá no fundo dói, e dessa vez nem tive como prevenir, quer dizer nunca consegui, até porque dor a gente não evita, quando vemos já está doendo e doendo muito. Eu poderia dizer que é culpa sua, porem seria mais minha do que sua não é?! Talvez realmente fosse culpa do tempo, até por que quando não estou julgando a mim, julgo-o como todo provocador desse final triste poderia ele ter dando mais tempo a nós dois?
Dessa vez eu não pedi, apenas aconteceu, contudo se aconteceu, é por que existia, existia na minha cabeça, nos seus olhos, nos nossos corações, principalmente no meu, que deve está esmagado com tanta dor.
Só lamento está assim, já tentei levantar da cama, ressuscitar, mas não dá, o meu corpo está gélido, minhas mãos estão trêmulas, as pernas sem sequer tem vontade de se erguer, do mesmo jeito que eu também não tenho. É complicado, eu sei, mas fazer o que?! Aceitar?Sim. As coisas acontecem, infelizmente ou felizmente, e tudo vira sal e mineral, e você também virou, e agora eu não agüento aceitar esta injustiça ou justiça. Não tenho mais a quem apelar, tinha quando você estava, mas agora não está, e estou só, e as forças que eu tinha acabaram-se, junto com nós dois.

sexta-feira, outubro 29, 2010

Então gente mais um dica de banda (outra que eu gosto muito) e vai fazer show em Bh (quem quiser me dá o ingresso eu deixo tá). Tem um som agitadinho e e alterativo, link do site da banda esta ae Phoenix. Espero quem gostem.


Depois de muuuito e muito tempo

Como disse no título ae, depois de muito, muito e muito tempo, vim postar uma coisinha, vim dá um dica sobre um forum muito bacana,  Clube do livro, este clube é muito bacana e tem muitas discussões sobre livros, sem contar que um forum deste nos incetiva a ler e discutir sobre algumas coisas que geralmente não temos a oportunidade (a não ser dentro da escola). Então é isso gente, participa lá, Clube do Livro.

domingo, outubro 17, 2010

Ponto final não, vírgula.




Não era mais preciso pedalar. Acabou. Pois ela já tinha finalmente chegado aonde queria estar. Claro que não no sentido literal da coisa, lugar, tempo, espaço, já que por ela tinha que ter nascido há muito tempo atrás, mas digo no sentido em que tinha realizado seus sonhos de menina, justo esses que são os mais brilhantes.
Vamos dizer que não pedalou muito - apesar de que qualquer outra pessoa precisaria pedalar muito para chegar aonde ela tinha chegado - entretanto pode não ter pedalado muito, mas suas poucas pedaladas foram suficientemente fortes para chegar rapidamente aonde queria. E onde estava então? Ora, ela estava nos seus sonhos de menina. Infantis?  Nunca, calúnia seria dizer isso, tais sonhos eram somente grandes, grandes para ela, pequenos para o mundo, o mesmo mundo que agora estava na palma da sua mão.
Mas enfim, chegou lá, e é isso que importa. Seus sonhos de menina estavam realizados. Realizou. Vírgula, pois por ponto final não dá. Tinha que fazer alguma coisa agora. O quê?  Dormir, comer e sentar? É isso seria bom, mas não o ideal. Os sonhos de menina tinha se realizado, agora só faltava uma coisa, ou várias outras vírgulas, os sonhos de mulher também se realizarem. Afinal, a menina sonhou, cresceu e realizou seus sonhos de pequena, mas enquanto ela crescia, ela também sonhava e então para novamente conseguir realizar outras previsões do futuro da sua cabeça, precisava enfim voltar a pedalar.

sábado, outubro 09, 2010

Conto de fada


As portas do quarto branco do hospital se abriram, com o vento leve, mas envolto de uma áurea maior. O seu vulto luminoso atravessou a porta, olhou de ultimo relance para mim e sorriu, enquanto eu sentia todos os meus sonhos petrificando, congelando, para assim eu sempre tê-la nos meus pensamentos. Pois era simples entender, nós eternamente estivemos e estaremos um do lado do outro.
De lembranças não sou muito bom, tanto que não lembro nem data e hora marcada do nosso primeiro encontro, apenas tenho na minha cabeça imagens misturadas, cheias de sonhos e acontecimentos reais, nunca consegui extinguir com clareza o que era e o que não era recordação real. Contudo lembro que era uma tarde, clara, clara, iluminada não podia estar mais, as nuvens estavam brincando umas com as outras, passarinhos cantarolavam uma música engraçada e agradecendo isso a eles eu sorria. No meio desta paisagem linda vi de longe uma coisa ainda mais graciosa, uma moça altiva, com vestido vistoso e leve, nova. Olhei mais âmago para ela, escolhi um banco onde poderia fixar meus olhos nela, e passei admira – lá. Logo ela percebeu - acho que quando duas almas se encontram, elas imediatamente percebem se vão dar certo ou não, com certeza devem ir pelo cheiro, pois o cheiro dela era delicioso- sentou junto a mim, com um sorriso graciosíssimo na cara, que fazia uma junção perfeita com os seus olhos brilhantes e pequenos. Ficamos neste estado de transe durante um bom tempo, até que chegaram muitas borboletas que começaram a nós levantar, estávamos mais leves, éramos plumas. E assim fomos subindo, subindo, subimos tão alto que nas nuvens que eram feitas de algodão estávamos. Depois de um longo tempo também, caímos na minha cama, lá nossos cheiros se misturavam, os pés macios se entrelaçavam e acariciavam uns aos outros.
Sem explicação, de modo inesperado começamos a precisar um do outro. Gostávamos tanto do modo plural que éramos, que explosões nos nossos corações eram normais, que sorrisos tímidos apareciam ao descobrir coisas misteriosas um dos outros, eu não chorava, ela escondia deixado da cama por ter medo de monstros, na verdade nem eu nem ela já tínhamos visto algum monstro, mas como ela dizia se chegasse a aparecer, nós pelo menos estaríamos protegidos debaixo da cama.
Muitas pessoas nos chamavam de loucos, inclusive e principalmente meu pai que não suportava nos ver juntos, soltava sempre palavras grossas no ar quando chegávamos nós dois (eu e ela), mas que culpa tinha eu de não ser como ele queria? Desde pequeno ele me afastava de perto dele, falava que não tinha tempo para minhas bobagens, que era doido da pedra, e com isso vivia gritando comigo, e eu chorava, até que vinha minha mãe dizendo: chora baixinho meu filho, não estressa seu pai, e cada dia eu ia aprendendo a chorar mais baixinho, enfim não chorar mais. Lembro também que quando tinha uns 17 anos minha mãe falou que ia me levar para um lugar onde cuidariam direito de mim, às vezes eles gritam como o meu pai, porem o lugar é agradável, tem pássaros, arvores, por fim normalmente tudo muito tranqüilo, sem contar que foi aqui que a encontrei.
Junto a ela, fui feliz, sou ainda por que a tenho na minha cabeça. Porem ela ficou com uma doença, não conseguo também lembrar o nome da que tirou ela de mim. Nunca a deixei de lado, essa doença trouxe tantos momentos difíceis; pessoas vestidas de branco ficavam ao redor dela, seus olhos não paravam de lagrimejar, pediam que eu fosse com ela para onde iria, e eu respondendo-a falava que iria e que um dia novamente estaríamos no mesmo lugar, no mesmo plano. Pela primeira vez vi que talvez durante um tempo ela não  estaria ao meu lado. Os meses foram indo, e ela só piorando, enquanto eu sentia também a dor dela, mas um dia ela sorriu, sorriu novamente como o mesmo sorriso que tinha quando a encontrei pela primeira vez, fechou os olhos, e o seu vulto luminoso atravessou a porta, sorrindo para mim, enquanto eu ia sentindo todos os meus sonhos se congelando para ela ficar sempre perto de mim.

Devaneios

Depois de muito muito muito tempo sem postar nada aqui ( desculpem-me estava sem Internet), vim aqui fazer algumas postagens para recuperar o tempo perdido (teria como recuperar o tempo perdido?), mas enfim vou começar com  um texto que não há narrador (acho que estou pegando gosto por este tipo de história, será?).


Devaneios
T: MENTIRA
S: E por que seria mentira?
T: Ela não teria coragem de me trair.
S: E não foi só com um, foram vários: Mario, João, Carlos, Francisco...
T: Ainda mais dessa forma, você está completamente enganada.
S: Não! Desta vez eu tenho provas.
T: Amor finalmente chegou, que bom.
N: Do que estavam falando?
T:  De nada, baboseiras, devaneios.
N: Já que não é nada, vamos então para o nosso passeio?
T: Vamos sim minha flor.
N: Estava morrendo de saudades sua, sabia?
T: Eu também.  Mas que cheiro é este vindo de você?
N: Meu novo perfume. Gostou?
S: Nossa que engraçado, é igual ao perfume do João.